Policial agride Jovens Parada Gay Brasília

BRASÍLIA - Dois jovens que participaram da Parada Gay, neste domingo, em Brasília, acusam policiais militares de agressão. O caso foi parar na delegacia, onde, de acordo com os rapazes, houve mais agressões. Ninguém do comando da Polícia Militar se pronunciou.

Um dos jovens, Arismar Gomes, teve o rosto machucado e o joelho fraturado. Segundo ele, os autores da agressão eram policiais militares.

- Eles me deram a primeira pancada. Então, eu caí e não consegui mais mexer a perna - contou.

Arismar está internado no Hospital de Base e espera por uma cirurgia na perna.

Um jovem que estava no carro atrás filmou a agressão. Irritado, o policial correu atrás dele e o imobilizou no chão. Os amigos do rapaz, que também estavam no carro, desceram para tentar ajudar.Quando o PM viu as câmeras, ordenou que as fotos fossem apagadas.

Os dois jovens foram detidos, levados para delegacia e acabaram autuados em flagrante por desacato.

- Eles tiveram a oportunidade de esclarecer todos os fatos, mas se recusaram a prestar depoimento na delegacia. Se eles estão alegando que foram agredidos, nós vamos apurar - afirma a delegada Lúcia da Silva.

Um jovem que também diz ter sido agredido e outro que presenciou a confusão denunciaram o caso nas corregedorias das Polícias Civil e Militar.

- Ele bateu na minha cara, na minha câmera fotográfica. Só porque nós fomos tentar ajudar o rapaz que estava sofrendo uma covardia - declara o produtor de moda Pedro Fistarol.

- Eu fui humilhado pela Polícia Militar e pela Polícia Civil. A delegada ainda queria que eu desse depoimento para um escrivão que me deu sete bofetadas na cara? - questiona o estoquista Luís dos Santos.

Ninguém do comando da Polícia Militar deu informações, alegando que a corregedoria cuidará do caso. Os PMs continuam nas ruas.

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