A contabilidade do traficante morto em motel



Um dia após a morte do 2º sargento licenciado do Exército Volber Roberto da Silva Filho, de 38 anos, considerado pela Polícia Civil o maior contrabandista de armas do país, agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) apreenderam na manhã desta sexta-feira a contabilidade do crime, além de armas e uma moto roubada, na casa do ex-policial militar Rubens Gomes Júnior, de 27 anos, em Bangu. Gomes, que conseguiu fugir, é tido como sócio do sargento e responsável pelo contato com traficantes.

Um fuzil calibre 5,56, desmontado e com a numeração raspada, foi encontrado dentro de uma kombi na garagem da casa. Debaixo de uma lona no quintal, foi achada uma caixa vazia que serviu para guardar 1.000 balas de pistola calibre 380. A caixa traz o endereço de venda (Pedro Garcia 195, Assunção, no Paraguai) e informações que serão investigadas pela polícia.

A kombi está em nome da Rigicar Transporte e Locação de Veículos. Na frente da casa, foi achado um táxi usado pelo ex-PM em nome da empresa Corcovado. Na casa também foi encontrada uma motocicleta Honda CBR 1.000cc vermelha placa KZQ-1324, roubada no dia 8 de setembro do ano passado na área da 18 DP (Praça da Bandeira). A placa é, na verdade, de um Renault Clio, que não consta como roubado. Sob uma lona no quintal, foi encontrada uma placa do Rio feita recentemente (KZK-1354), mas que pertence a uma moto de São Gonçalo.

Os policiais da Dcod também acharam uma grande quantidade de documentos que indicam o lucro do negócio criminoso chefiado pelo sargento Volber. Numa folha há a seguinte anotação: 200 caixas 7.62 (para Fuzil Automático Leve) - R$ 40 mil; 300 caixas de munição 9mm (calibre de pistola) - R$ 60 mil; 150 caixas 556 (para fuzil de calibre 5,56); dois mini Ruggers (fuzil pequeno) - R$ 35 mil cada; quatro metralhadoras - R$ 80 mil; um AR (fuzil AR-15) R$ 50 mil; 18 pistolas Glock - R$ 99 mil. Total: R$ 421.500).

Em outras duas folhas, negócios com armas no valor de R$ 241 mil feitos em 29 e 30 de novembro de 2009. Num caderno, os nomes Samuel, Alcântara e Bessa, além da palavra desenrolo ao lado de valores.

Fonte: O Globo

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